6.1.07

o devido valor

A mulher, forte e dominadora, gritava suas ordens e infernizava a vida do marido. A mulher era a dona, da casa e dele. Era ela quem escolhia o que faziam, o que vestiam e no que pensavam. Quando o marido foi internado de emergência, no entanto, a mulher perdeu o chão. Sem ele em casa, não conseguia decidir o que jantar, que vestido botar, aonde ir. Sem ele, nem a novela conseguia ver. Que graça tem ver tv sem trocar de canal no meio do futebol? Sem o marido pra contrariar, ela não fazia nada, só esperava o dia passar. Quando o doente enfim saiu do hospital, a mulher virou um anjo. Cobriu o convalescente de tantos mimos que ele até agradecia pela operação. A mulher sentira sua falta e estava completamente mudada. De fato, a possibilidade de perder seu objeto de tortura ensinou-a a dar a ele o valor merecido. Fazia juras de amor eterno, paparicava sua presa noite e dia. Tão logo o marido saiu da cama, a mulher voltou a gritar.

7 comentários:

Anônimo disse...

Eles se amam de qualquer maneira.
Qualquer maneira de amor vale a pena.Qualquer maneira de amor vale amar.Qualquer maneira de amor valerá.

Anônimo disse...

Meu Deus, Gui tá inspirada!!!!!

Anônimo disse...

Inspirada e amorosa, lele!!!

Anônimo disse...

objeo de tortura? que horror!! isso é uma versão feminina dos porões da ditadura. seria ela uma das agentes que maltrataram Stuart Angel? coitado desse infeliz do marido.

Anônimo disse...

será que a gui tinha tomado umas antes de abrir os comentários? são versos de uma música que o milton canta. isso já é aquecimento para karaokê.

Anônimo disse...

nem td q doi eh ruim, certo?

Mariana disse...

inegável.