16.5.20

dieta

De uma coisa não posso reclamar nesta quarentena: o cardápio. Decidi que não vou me privar, basta o resto. Vou comer e comer e comer. Do bom e do melhor, o que no meu caso significa pipoca e chocolate aos montes, bolos dos mais variados sabores e coberturas, sorvete caseiro, batata frita e basicamente tudo mais que engorda e aumenta o colesterol. Todos os dias, várias vezes por dia. Sem medir as consequências, sem subir na balança, sem ligar pra gordurinha safada que já começou a se instalar nos meus quadris. Não comerei da alface a verde pétala, nem da cenoura as hóstias desbotadas, já dizia o poeta. Estou com ele, ao menos nestes tempos de quarentena. Antes, era só alface, cenoura, legumes em geral e uma franguinho branco, sem gosto, sem sal, à moda hospitalar. Agora, mudei de estrofe: Morrerei feliz do coração, por ter vivido sem comer em vão. Um sábio, esse poeta. Por ora, sigo assim, comendo a valer. Quando acabar a quarentena, acaba a festa. Vai ser rigor absoluto, regime militar. Ops, escapuliu. Aqui, não se fala em política. Mais açúcar, por favor.

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