25.8.07
nem tanto
A madame esquece os chocolates no táxi. Foram comprados na esquina, não na Suíça ou na Bélgica, mas a madame não se conforma com a perda. Entra em casa afobada, corre pro interfone atrás do motorista. Tarde demais, mas a madame não se rende. Determinada, liga pra cooperativa, relata o ocorrido, se descabela. Só sossega quando a telefonista promete que o motorista vai voltar mais tarde pra entregar o tesouro. Obrigação dele, ela diz. Quem mandou não verificar se a cliente tinha esquecido alguma coisa? Passada uma hora, a madame, sem dar ouvidos à turma do deixa disso, telefona de novo. A telefonista atende e ela explica que é Glória, a dos chocolates, que está querendo saber quando é que o motorista vem. No fim do expediente? É que meus filhinhos estão aqui chorando, se recusam a dormir sem os chocolates que a mamãe ficou de trazer. Dá pra me dar o celular dele? Obrigada, assim eu mesma acerto tudo. Não vai ficar com meus chocolates, resmunga, enquanto telefona. Alô, seu Antônio, é Glória, a dos chocolates. É que meus netinhos estão aqui chorando... Netinhos! Filhinhos pra desconhecida, netinhos pro conhecido. É, parecia que os chocolates tinham acabado de vez com o juízo da madame, mas nem tanto, nem tanto.
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23 comentários:
Ora,viva!Já estava pensando em trocar o endereço com o do Reinaldo Azevedo, melhor, Diogo Mainardi. Fidelidade tem limite!...
Que isso? Quem é Reinaldo Azevedo, gente? Não entendi esse anônimo, mas, a cronica é bárbara , como sempre.
Concordo inteiramente, mas o Reinaldo seria apenas um alternativa no sumiço da fofinha.
Tô adorando esse negócio de fofinha. :)
rendeu até carinha, viu?
esse azevedo é falso. muda pra ele anonimo. fantastico mariana. voltou com tudo.
Troca, anonimo, deixa a Mariana pra gente!S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l!
Além do mais, são EGOÍSTAS! A fofinha não merece...
a patuléia estava carente mariana.
fofinha ? nao coma os chocolates da glória , senão vira fofona.
Um pouco de pimenta sempre é bom para abrir o apetite. Arte literária pura só extrai adjetivos vazios desses inapetentes leitores, Mariana: "bárbaro", "sensacional", "fantástico" e quejandos em nada estimulam a criatividade incipiente mas promissora de uma menina centrada nos valores mais altos da vida...como Você!
incipiente? e eu me achando a tal...
Na expectativa de um vôo de condor literário, a crônica é o início, mas já antecipa a altura e domínio desse vôo! Pra frente e pro alto é seu destino, Mariana.
ih, agora a crônica virou incipiente também... tá, esfriando, anônima.
cronica e cronista são a mesma coisa no comentário inicial, fofinha.
me referia à crônica "enquanto" (perdão) gênero, não às minhas humildes croniquetas.
e agora me retiro, senao vamos ficar nesse nhenhenhém pra sempre!
Esse nhenhenhém é a força-motriz do nosso encontro, temos que alimentá-lo para que o nosso fôlego não se consuma.
Nossa, estou achando muito alto o nivel literário dos comentarios. Quase criptografados! Vamos baixar o nivel para os mortais comuns poderem participar também.
Concordo, anonimo das 23:39. E defendo a cronista: não é incipiente, nada! É madura e gostosa.
essa foi pra cronista dormir feliz, hein, anônimo das 23:42?
boa noite pra vc também.
a cronista tem recebido tantos elogios que tem se esquecido de trabalhar. Queremos cronica nova. vamos ao trabalho !
muito bem~anônimo, pois temos tido muita rasgação de seda, e poucas croniquetas. ao trabalho manceba.
Ei, pessoal! O adjetivo incipiente refere-se à criatividade e não se trata do seu homófono insipiente, muito menos ainda à nossa fofinha...
ninguém tinha confundido, não, né?
pô, esse negócio de fofinha tá começando a me preocupar.
volta, anônimo das 23:42!
Esta croniqueta é uma glória! Gosto mais a cada vez que leio.
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